A população de Afogados da Ingazeira e de cidades vizinhas se mobiliza para realizar um protesto nesta sexta-feira (22), reivindicando melhorias no abastecimento de água por parte da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A concentração será às 9h, em frente à Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, de onde os manifestantes seguirão até a sede da Compesa, localizada na Avenida Artur Padilha.
A líder comunitária Danyele Suênia, uma das organizadoras do ato, expressou a frustração da população durante entrevista à Rádio Pajeú. “Pagamos nossas contas regularmente, mas o serviço não é prestado de forma adequada. É um direito básico, e precisamos de respostas para essa má distribuição”, afirmou.
Moradores de bairros como o Residencial Dom Francisco relatam que a situação é crítica, com longos períodos sem fornecimento de água. Danyele apontou que mesmo em áreas mais baixas, como onde reside, o abastecimento é irregular. “Chegou água na sexta-feira à tarde e, à noite, já havia acabado. Imagine quem mora nas áreas mais altas.”
O protesto busca pressionar a Compesa para obter explicações e ações concretas. Até o momento, a empresa não respondeu aos apelos da população ou ao convite para diálogo.
Enquanto isso, vereadores da cidade, como Vicentinho, César Tenório, Douglas Eletricista e Edson Henrique, estão em Recife, nesta quinta-feira (21), para levar as demandas diretamente à direção da Compesa. A vereadora Gal Mariano reforçou que a visita tem como objetivo cobrar soluções efetivas para o problema.
Os organizadores destacam que o movimento será pacífico, convidando moradores de toda a região a participarem. “Levemos apitos, bacias e nossas vozes, mas com respeito. São mães de família e trabalhadores exigindo o básico”, concluiu Danyele.
Este protesto é mais um capítulo na luta da população de Afogados da Ingazeira por um abastecimento de água eficiente. A última mobilização semelhante ocorreu em novembro de 2019, quando manifestantes bloquearam a Avenida Artur Padilha em frente à sede regional da Compesa, usando motos, carros e carrinhos de picolé como forma de protesto.